sexta-feira, 19 de outubro de 2012


Ruralistas ameaçam retaliar governo por quebra de acordo no Código Florestal Marielise Ferreira/Agencia RBS
O produtor João Noeli Kaczerski diminuiu o cultivo de milho para se adequar às exigências do Código FlorestalFoto: Marielise Ferreira / Agencia RBS
Ao vetar nove pontos do texto do Código Florestal aprovado na Câmara Federal, a presidente Dilma Rousseff modificou trechos que beneficiavam grandes produtores e, como resposta, recebeu ameaças de retaliação de ruralistas. À frente de um dos grupos mais influentes do Congresso, formado por 215 deputados e 15 senadores, o líder da Frente Parlamentar da Agropecuária, Homero Pereira (PSD-MT), classificou as mudanças como um golpe do Palácio do Planalto.
– Não foi cumprido o acordo com os líderes do governo. Quando não se cumpre um acordo, está se dando um golpe – reclamou.

Saiba como ficou o novo Código Florestal

Segundo Pereira, a regulamentação da lei ainda será analisada de forma mais detalhada e, se forem confirmados prejuízos graves à produção rural, haverá reação.
– Podemos tomar medidas jurídicas, políticas ou legislativas – diz Pereira, que se queixa do veto da chamada escadinha e da inclusão de rios intermitentes como áreas de preservação permanente (APPs).
Outro ponto de discórdia foi a decisão de considerar áreas de várzea como APP. O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) alerta que a alteração pode afetar a produção de arroz.
– Houve um desrespeito e eles (o governo) vão levar o troco – avisa Heinze.
Apesar de mais resignada, por considerar que pelo menos passa a haver segurança jurídica, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), não descarta uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal, caso estudos mostrem prejuízos significativos. Para Kátia, o pior foi o descumprimento do acordo entre ruralistas e líders do governo no Congresso.
– Precisamos continuar na luta pela exigência da apreciação dos vetos – diz a senadora, referindo-se à prerrogativa dos parlamentares de ainda apreciar os vetos, o que não deve ocorrer este ano.
O cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília, entende que, apesar das ameaças, a bancada ruralista mostra sinais de divisão e boa parte dos deputados consideraria ter questões mais importantes a tratar com o governo daqui para a frente. Assim, promessas de retaliação não conseguiriam dificultar votações de interesse do governo.
– Alegam que Dilma os traiu, mas eles também prometeram não mexer no texto que veio do Senado – observa.
Para Fleischer, Dilma fez na marra a conciliação possível entre produção e conservação da natureza, e os vetos foram a saída devido às negociações fracassadas na Câmara, após o texto sair do Senado. A tentativa de um meio termo, no entanto, também deixou ambientalistas irados. O Comitê Brasil avalia uma ação para questionar o texto. Para o Planalto, o debate sobre o código foi encerrado. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirma que o próprio Congresso deu a autorização para a Executivo legislar sobre o tema ao determinar que as regras fossem feitas por decreto.
Lados opostos na trincheira dos debates sobre o Código Florestal, ambientalistas e ruralistas se uniram na quinta-feira no coro de descontentamento com a versão final do novo código. Dificuldades na aplicação das normas e questionamentos jurídicos futuros são argumentos apresentados.
– É só uma lei de legalização do desmatamento. Não é uma lei florestal propriamente dita. Boa parte dos produtores rurais, quando tiver de implementar essa lei, perceberá o quão complexa e contraditória é – ressalta o ambientalista Raul do Vale, do Instituto Sócio Ambiental.
Para o deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC), da Frente Parlamentar da Agropecuária, um dos pontos problemáticos refere-se às áreas de várzeas.
– Precisamos resolver isso ou parar com o plantio de arroz. A Justiça deve resolver isso porque ninguém vai deixar de plantar arroz. A presidente tomou essa decisão errada e, com certeza, vai ter de corrigir seu próprio erro – completou.
O advogado Gustavo Trindade, professor de direito ambiental da UFRGS, consideraque a lei ficou restrita ao campo:
– O código ainda tem uma série de problemas com relação à aplicação das áreas de preservação permanente em zonas urbanas, como se trata a regularização de APPs já implantadas em zonas urbanas.
Preservação no lugar do milho
A redução de hectares cultivados para adequar a propriedade às exigências do Código Florestal fez o produtor João Noeli Kaczerski, 54 anos, apostar na criação de uma agroindústria familiar para complementar a renda. Dos 8,5 hectares da propriedade em Mariano Moro, no norte do Estado, dois foram destinados à preservação. Com isso, deixou de cultivar milho na área onde colhia, em média, 160 sacas.
No local preservado, às margens da nascente do Rio São Miguel, o produtor ainda instalou cercas e plantou aproximadamente cem mudas de árvores nativas. Para 2013, a meta é plantar mais mudas em uma área de 30 metros ainda sem árvores.
Atualmente, Kaczerski cultiva milho e pastagens em cinco hectares. Mesmo abrindo mão de uma área para agricultura, comemora estar adequado à legislação:
– Ainda não tenho conhecimento das últimas mudanças, mas vou trabalhar para estar 100% de acordo com a lei em um ano.
No final de 2012, o produtor ainda espera receber os R$ 500 oferecidos por um programa da prefeitura do qual participa e que bonifica anualmente agricultores que atingiram pelo menos três metas relacionadas ao ambiente – a chamada Bolsa-Verde. Segundo a Secretaria de Agricultura da cidade, cerca de 98% dos produtores rurais do município participam da iniciativa.
Futuro da propriedade preocupa
Produtor em uma área de 29 hectares destinada à pecuária leiteira no interior de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, Daniel Ricardo Hirsch, 41 anos, considera que será fortemente impactado pelas definições determinadas pela escadinha do novo código. Com lavouras de milho plantadas em até um metro de distância das águas do Rio Pardinho, que corta uma das extremidades da sua propriedade por 220 metros, Hirsch acredita que a necessidade de recuar as plantações prejudicará muito sua produção:
– Estou bem assustado, porque, se eu seguir à risca as regras, vou acabar perdendo até 40% da minha propriedade.
Como se enquadra nas propriedades que têm entre um e dois módulos fiscais, Hirsch terá de reservar uma área de oito metros às margens do rio Pardinho para o plantio de árvores. Além disso, a propriedade da família ainda é cortada por dois arroios, que têm cerca de cinco metros de largura cada, impactando em mais oito metros a menos em cada lado.
Prevendo uma redução de 50% na renda mensal, o agricultor, que há dois anos deixou de cultivar tabaco devido ao aumento no custo da mão de obra, se diz muito preocupado e ainda não sabe qual será o futuro do negócio.
– Vou ter de ver se ainda valerá a pena continuar no ramo do gado leiteiro. Realmente, não sei o que vai ser, tenho de repensar tudo – observa o agricultor.
Participaram desta reportagem Caio Cigana, Daniela Castro, Fernanda da Costa, Nestor Tipa Júnior e Vanessa Kannenberg

quinta-feira, 18 de outubro de 2012


Presidente Dilma veta nove itens do Código Florestal
Agência Estado
A presidente Dilma Rousseff vetou nesta quarta-feira (17) a principal mudança feita no Código Florestal pelo Congresso, a que alterava a chamada escadinha e diminuía a área de recuperação de florestas nas margens dos rios. Um decreto presidencial, usado para regulamentar o Cadastro Ambiental Rural (CRA) e o Programa de Recuperação Ambiental (PRA), vai recuperar o texto original da Medida Provisória alterada pelos parlamentares, o que promete abrir uma nova frente de batalha com a bancada ruralista da Câmara dos Deputados.

"Todos os vetos foram fundamentados na recuperação dos princípios da Medida Provisória de não anistiar, não estimular o desmatamento ilegal e estimular a justiça social no campo", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. "Foi vetado tudo aquilo que leva ao desequilíbrio social e ambiental". Os vetos incluem, ainda, a proibição de usar árvores frutíferas para recuperação de áreas degradadas dentro das Áreas de Preservação Permanente e um artigo que definia uma área de cinco metros na recuperação nas margens de rios intermitentes de até dois metros de largura em propriedades de qualquer tamanho.

A maior questão para os ruralistas, no entanto, é mesmo o tamanho das áreas de preservação em margens de rios. A versão final que saiu do Congresso, em uma enorme derrota para o governo, diminuiu a obrigação da recomposição para médias e grandes propriedades.

Nas médias propriedades, de 4 a 10 módulos fiscais, o governo quer a recuperação de 20 metros em cada margem em rios com até 10 metros de largura. Em propriedades com até 10 módulos fiscais, se o rio for maior que 10 metros, e em áreas maiores do que essas, com rios de qualquer tamanho, a recuperação terá que ser equivalente à metade da largura do rio, com um mínimo de 30 metros e máximo de 100 metros. A mesma regra vale para as grandes propriedades. Essa é a versão que será recuperada com o decreto presidencial publicado amanhã no diário oficial.

Na versão do Congresso, a área a ser recuperada nas médias propriedades seria de 15 metros em qualquer caso e, nas grandes propriedades, a faixa mínima passaria a ser de 20 metros e o tamanho máximo passaria a ser regulado pelos Estados. Na avaliação do governo federal, as alterações tinham potencial de reduzir significativamente o tamanho das matas ciliares.

A edição de um decreto presidencial para substituir o que estavam em uma lei promete criar um enorme atrito com a bancada ruralista, que já ameaça entrar na Justiça alegando a inconstitucionalidade da lei. O Advogado Geral da União, Luiz Inácio Adams, alega que as mudanças feitas pelos parlamentares permitiram a edição do decreto quando passaram a regulamentação do Cadastro Ambiental Rural e o Programa de Recuperação Ambiental para as disposições transitórias da lei. "Essa previsão não existia na versão anterior, por isso não foi feita", explicou.

O chamado CAR é um cadastro em que todos os produtores precisarão se inscrever para regularizarem sua situação ambiental. Depois de inscritos, o governo federal avaliará as propriedades para ver quais precisarão estar no PRA e definir o que precisa ser feito de recuperação. É nesse ponto que a AGU viu a brecha para tratar a escadinha como parte da regulamentação do CAR e do PRA.

O outro ponto vetado foi a inclusão, na Câmara, da possibilidade da recuperação das áreas ser feita com árvores frutíferas não nativas. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, a possibilidade do uso de frutíferas nativas intermitentes com outras árvores das regiões está prevista. O que o governo não quer é ver as APPs transformadas em pomares.

No total, a presidente vetou nove de 84 itens da MP aprovada em setembro pelo Congresso. Tanto o texto quanto o novo decreto serão publicados nesta quinta-feira (18) no Diário Oficial.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

http://www.softwarelivre.gov.br/Brasília terá uma semana de grandes eventos de TI
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Câmara aprova 10% do PIB para a educaçãoProjeto de Lei que cria o PNE agora segue para votação no Senado Federal


Publicação: 16/10/2012 20:02 Atualização: 16/10/2012 20:43

Foi aprovado nesta terça-feira, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) 8035/2010 que cria o Plano Nacional de Educação (PNE) e estabelece a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o ensino público. O texto segue agora para votação no Senado.

Em seu artigo 5º, inciso 4, o PL aprovado na Câmara determina que serão utilizados "50% dos recursos do pré-sal, incluídos os royalties, diretamente em educação para que, ao final de 10 (dez) anos de vigência do PNE, seja atingido o percentual de 10% (dez por cento) do PIB" para o investimento no ensino.

Leia a íntegra do PL 8035/2010, aprovado nesta quarta-feira                                                                                EDUCAÇÃO COMEÇA A SER TRATADO COMO PRIORIDADE NESSE PAIS CUIDAR BEM DA EDUCAÇÃO É INVESTIR NO PAIS.  `Marcelo  Pereira`

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


O homem sustentável

Quer economizar grana e recuros naturais para as próximas gerações, que tal estas idéias para as próximas reformas da casa ou novos projetos como ir morar no interior ou tornar os grandes centros urbanos mais sustentáveis..
Não precisamos inventar a roda, apenas pegar todas as invenções da humanidade e como um jogo, juntar as peças e salvar o que sobrou do céu.

Ekó House

A USP (Universidade de São Paulo) e a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) estão em parceria desenvolvendo uma casa sustentável.
O imóvel se abastece de energia solar, água da chuva e iluminação natural e o projeto foi apresentado no IEE (Instituto de Eletrotécnica e Energia) da USP e vai representar as duas universidades em uma competição internacional de inovações em energia e sustentabilidade.
O projeto da Ekó House, que inclui também um banheiro seco e aproveita os efluentes (esgotos) produzidos para adubação do jardim, está sendo desenvolvido por uma equipe de professores, alunos e pesquisadores de áreas que incluem arquitetura, design, engenharias e até marketing.
A meta para a finalização da casa é julho, a tempo de ser enviado ao Solar Decathlon, que acontece em setembro, na Espanha.
Fonte: Prêmio Empreendedor Social

Sua casa sustentável

Se 75% dos insumos naturais do planeta são consumidores pela construção civil, que tal construir ou reformar a sua moradia com soluções simples, práticas e pela relação custo/benefício.
Seguem boas dicas de fachadas e dos sistemas que além de ajudar o planeta, contribuem no orçamento familiar.
Fachadas
Pinte a fachada, assim como o teto com cores claras, que contribuem contra o aquecimento global, e tintas de soluções aquosas, evitando a formulas que contém solventes.
Um estudo norte-americano feito pelo laboratório Lawrence Berkeley National concluiu que cada 100 m² das superfícies pintadas em cores claras podem compensar 10 toneladas na emissão de gás carbônico (CO²) na atmosfera.
Plante árvores, plantas e gramas que além de embelezar, proporcionam ar puro e tranqüilidade para quem admirá-las.
Telhados verdes são uma boa opção para contribuir contra o aquecimento global, além de proporcionar conforto térmico no inverno e verão; isolamento acústico, absorvendo ruídos; reduz o calor urbano pois reduz o impacto de dióxido de carbono, a poluição de nitrogênio e neutraliza o efeito da chuva ácida.
Sistemas
Utilizar na construção Tijolo de solo-cimento, pois a fabricação deste é secado ao sol, sem precisar ir ao forno a lenha, poupando a queima de árvores e a combustão de CO.
Este material, apesar de ser mais caro, dispensa acabamento com massa corrida, na ponta do lápis não onera em nada o orçamento da obra
Utilizar madeira com a certificação FSC, este selo atesta que a madeira foi extraída sem degradar o solo nem o ambiente de onde foi retirada
Sistema de energia solar (fotovoltaicos) para aquecer a água, agindo como uma miniusina de energia renovável, que economiza 30% menos energia elétrica
Especialista no assunto afirmam que com a economia na conta de luz, o investimento se paga em dois anos.
Uma alternativa mais barata é um aquecedor de água caseiro feito em casa com garrafas pet e caixas de leite.
Como montar o aquecedor:
1º Passo
Cortar o fundo e a boca da garrafa, todas com um mesmo tamanho.
2º Passo
Pintar de cor preta a propaganda das caixas de leite e, acertando suas laterais.
3º Passo
Colocar as caixas de leite dentro das garrafas (com o lado preto para cima), logo em seguida encaixar as garrafas uma atrás da outra até um tamanho desejado.
4º Passo
Passar o cano por dentro das garrafas já montadas e, ligar uma fileira de garrafas com a outras através das conexões de canos fazendo um espiral de garrafas.
5º Passo
Colocar em cima do telhado e liga na caixa d’água. Lembrando que a água deve passar primeiro pela caixa depois ir para o aquecedor e logo em seguida para a casa.
(fonte:http://www.vidasustentavel.net/meio-ambiente/aquecedor-solar-feito-de-garrafas-pet/)
Outra boa idéia para economizar o bem mais precioso é o sistema de captação de água da chuva, na qual especialistas afirmam que uma família de 4 pessoas pode ser consumido metade da água de um mês por este sistema, e também pelo fato de compensar em médio prazo investir no sistema.
Utilizar em toda a casa a Lâmpadas fluorescentes, pois consome 80% menos energia do que uma lâmpada incandescente e dura dez vezes mais, compensa o preço maior por ter vida útil infinitamente mais longa do que a das lâmpadas convencionais, somado a economia de energia.